De janeiro a maio deste ano, empresas de mídia clientes da plataforma de publicação SocialFlow viram o alcance médio por post publicado no Facebook cair 42% (de 117 mil em janeiro para apenas 68 mil em maio). Entre elas estão gigantes da imprensa americana, como o New York Time, Wall Street Journal, Whashington Post, New York Post, Finacial Times, National Geographic e da imprensa mundial, como BBC, The Guardian e Aljazeera.
As métricas começaram a despencar, acentuadamente, a partir de fevereiro. Portanto, poucos meses antes de uma reportagem do site The Information revelar a preocupação da rede social com o fato de seus usuários estarem compartilhando menos conteúdos pessoais e mais notícias. Publicada em abril, a reportagem do The Information estima que a postagem de conteúdo original na rede caiu 21% no último ano.
A suspeita da SocialFlow é a de que o Facebook tenha mexido em seu algoritmo para derrubar o alcance das notícias. O que motivou uma onda de reivindicações por parte das publicações, colocando pressão sobre a rede social para explicar como tem tratado seus conteúdos.
Afinal de contas, o Facebook está constantemente mexendo em seus algoritmos para ajustar os tipos de conteúdo que deseja mostrar aos seus usuários. E, por diversas razões (entre elas, continuar coletando valiosas informações pessoais) pode muito bem estar priorizado postagens de indivíduos para tentar induzi-los a compartilhar mais histórias pessoais na rede.
A SocialFlow examinou 3.000 páginas do Facebook, a maioria das quais de publishers que têm uma contagem de impressão coletiva anual de cerca de 500 bilhões atingindo 600 milhões de usuários únicos. Em maio, essas empresas produziram em torno de 550 mil postagens publicadas em suas páginas través da plataforma da SaocialFlow, que curiosamente geraram o mesmo alcance das 470 mil postagens de abril (gráficos abaixo).
Depois dos seguidos esforços do Facebook para trazer as redações para mais perto do público, com iniciativas como a plataforma Instant Articles e o Signal, há quem acredite que a rede social esteja interessada em monetizar a publicação de notícias, como fez com conteúdos de marcas anunciantes.
A ver.
Fonte: IDG NOW