A segurança na troca de informações é um ponto fundamental para que o cliente se sinta confortável em negociar com uma empresa, considerando que dados pessoais são trocados no processo.
Flávia, da Piju Pijaminhas, faz contatos, negocia e vende pelos aplicativos
Com o objetivo de dinamizar a comunicação e alcançar um maior número de pessoas, empresas de Salvador utilizam o WhatsApp e o Instagram como ferramentas de trabalho. Em vez de fazer deslocamentos físicos ou ligações telefônicas, os consumidores contratam serviços por meio dos aplicativos.
O WhatsApp alcançou, segundo informações liberadas pela empresa em 2015, 100 milhões de usuários no Brasil. A alta difusão aliada ao baixo custo – portadores de iPhone pagam US$ 0,99 anuais e não há cobrança de taxa para smartphones – torna o aplicativo um eficiente instrumento de negociação.
A companhia Tele Táxi, operante em Salvador e região metropolitana, foi a primeira empresa de táxi da capital a utilizar o WhatsApp como plataforma de contato. Das 1.100 corridas realizadas diariamente, 40% são reservados pelo aplicativo. “O cliente adiciona o número da empresa e envia informações sobre a forma de pagamento, nome e endereços”, explica o supervisor da companhia Jorge Freitas.
As mensagens são direcionadas para a central de atendimento, onde três funcionários responsáveis apenas em responder ao WhatsApp se revezam em turnos, totalizando 24h de atendimento.
”A maioria das chamadas de corridas feitas pelo aplicativo é realizada por adolescentes e jovens”, diz. Os clientes mais velhos preferem fazer a reserva por telefone.
As operações de contato, negociação e venda das peças da Piju Pijaminhas, marca de pijamas para bebês e crianças, são realizadas inteiramente pelo Instagram e WhatsApp, respectivamente.
”O primeiro serve como vitrine dos pijamas. Após escolher o modelo, o cliente envia uma mensagem pelo aplicativo ou WhatsApp. Nesta etapa há o esclarecimento de dúvidas e encomenda”, explica a proprietária da marca Flávia Motta, 34. A Piju Pijaminhas é uma sociedade entre a empresária e sua mãe Célia Motta, 70.
Na rede social de fotos, que possui 29 milhões de usuários no Brasil – maior mercado do aplicativo após os Estados Unidos, segundo dados do Instagram de 2015 -, Motta faz uma média de três postagens diárias de fotos dos pijamas na conta da empresa, que possui mais de nove mil seguidores.
Segurança na rede
”A nossa sistematização é 100% virtual”, conta a empresária, que vende cerca de 50 peças por mês, variando entre R$ 150 e R$ 200 cada.
A segurança na troca de informações é um ponto fundamental para que o cliente se sinta confortável em negociar com uma empresa, considerando que dados pessoais são trocados no processo.
O WhatsApp assegura que as mensagens transmitidas sejam criptografadas (transformadas em códigos) e privadas, ou seja, apenas os participantes da conversa têm acesso ao conteúdo.
Entretanto, segundo o coordenador dos cursos de pós-graduação de tecnologia da informação da Unifacs, Carlos Helano, a segurança em quaisquer domínios tecnológicos não pode ser 100% garantida.
“Alguém sempre vai tentar obter acesso a informações privadas. Contudo, o WhatsApp se mostra seguro até o momento. As mensagens são transmitidas em códigos, ou seja, mesmo que alguém tenha acesso a elas, não seria possível a leitura”, conclui.
No Instagram, empresa e cliente devem negociar por meio de troca de mensagens privadas, não nos comentários da foto, abertos à visualização de outras pessoas.
Faça negócio na rede em segurança
Privacidade – Ao negociar por meio de ferramentas digitais, ofereça plataformas de conversa individual. Informações pessoais devem transitar apenas entre empresa e cliente
Contato- Atente-se ao número de contato exposto. Caso esteja errado, a empresa perde clientes e cria situações potencialmente perigosas para eles
Fonte: A tarde