As rádios e TVs públicas esbarram em desafios institucionais, políticos, econômicos e culturais para alcançar posição de serviço legítimo e socialmente relevante. Partindo da premissa de que a mídia comercial difunde visões sobre determinados temas, este artigo mapeia os argumentos usados por jornais de referência ao abordarem o serviço público de radiodifusão. Metodologicamente, utiliza-se da análise de conteúdo para observar 36 editoriais, publicados entre 2007 e 2018 por Folha de S. Paulo, Estado de São Paulo e O Globo. De forma geral, nota-se que a mídia pública é apresentada por uma ótica predominantemente negativa, evidenciando que estão a serviço de uma comunicação oficial, partidária e propagandística.