A pluralização das mídias no Brasil intensificou-se a partir da década de 1990 com a criação das emissoras de televisão legislativas e a posterior estruturação dos sistemas de comunicação do Parlamento. Esse tipo de jornalismo encontra respaldo no pressuposto de que, assim, o cidadão recebe as notícias diretamente da fonte, sem interveniências externas. Por outro lado, é questionado como modelo de jornalismo e como prática assistencialista e paternalista do Estado, que se apropria de procedimentos e técnicas jornalisticas para formar e influenciar a opinião pública. São esses dilemas que o texto discute, ao mesmo tempo em que apresenta uma síntese histórica sobre a evolução dos veículos institucionais de comunicação do Poder Legislativo brasileiro (Senado Federal e Câmara dos Deputados). O fenômeno da pluralização das fontes resultou no modelo chamado “mídia de fontes”, no qual as instituições oferecem o noticiário pronto, a fim de evitar que as notícias institucionais passem pelos filtros e enquadramentos da mídia convencional.