O artigo analisa as relações entre os jornalistas e as fontes das mídias legislativas mantidas pela Câmara dos Deputados brasileira – TV Câmara, Rádio Câmara, Agência Câmara e Jornal da Câmara. Por meio de entrevistas e da observação-participante das rotinas produtivas dos quatro veículos, é possível observar o privilégio que recebem as fontes oficiais, especialmente os próprios parlamentares. O duplo papel dos deputados – fontes e publishers dessas mídias – é um complicador para a autonomia dos jornalistas. As disputas travadas entre as duas instâncias da produção jornalística apontam para a busca da diversidade de fontes e enfoques necessária em mídias que almejam o título de “públicas”.