O objetivo deste artigo é analisar as campanhas de comunicação promovidas, no Facebook, pelo Ministério da Saúde contra o mosquito Aedes aegypti. A intenção é identificar quais conteúdos são promovidos pelo Ministério tendo em vista, por um lado, a comunicação de interesse público (associada a políticas de saúde e a valores democráticos, como transparência e participação) e, por outro, as políticas de imagem de instituições e indivíduos, voltadas para auferir vantagens político-eleitorais. O corpus compreende as publicações veiculadas no período que ficou conhecido como o verão do Zika – mais exatamente, entre janeiro e abril de 2016. Por meio de investigação quantitativa e qualitativa, verificou-se que há ênfase na abordagem informacionista (nomeadamente, materiais sobre prevenção) e na difusão de serviços. Constatou-se, ademais, que, recorrentemente, publicações de interesse público trazem elementos de políticas de imagem, o que indica a instrumentalização política da comunicação de Estado na área de saúde.