O objetivo deste artigo é analisar a inserção da demanda por um sistema público de mídia nas lutas pela democratização da comunicação no Brasil. Utiliza-se a metodologia da análise histórico-processual para compreender como os atores sociais articularam práticas e discursos em torno dessa agenda no percurso temporal. Conclui-se que esta é uma reivindicação estratégica para a construção da comunicação democrática, mas que somente encontrou viabilidade em espaços de implementação institucional “marginal”. A criação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) resultou da formulação de uma pauta em defesa da comunicação pública pelos movimentos sociais, porém esbarra em dificuldades para democratizar as políticas de comunicação no país.