O principal propósito desse trabalho é explicitar os aspectos teóricos relevantes à elaboração e à realização de programas de educação para a democracia no sentido de enfrentar a invisibilidade infantojuvenil e promover o protagonismo de crianças e adolescentes o mais cedo possível e no dia a dia. Diversos estudos (SARMENTO,2005; JUNIOR; QVORTRUP, 2017; POCAHY; OSWALD, 2018) apontam
que, ainda hoje, a sociedade brasileira não valoriza a participação
social das crianças e dos adolescentes, o que precisa ser enfrentado.
Sobre esse assunto, Pires e Branco (2007, 2008, 2012) indicam que o
desenvolvimento de novas práticas educacionais está na base para a
transformação cultural e para o enfrentamento de práticas sociais
preconceituosas. Nessa direção, a difusão de programas de educação
para a democracia, em meio ao público infantojuvenil, contribui para
a promoção do seu desenvolvimento, no contexto da desconstrução de
crenças e valores preconceituosos. Esse tema vem, há tempos, sendo
objeto da abordagem da psicologia cultural de orientação semiótica (BRANCO; VALSINER, 2012; ROSA; VALSINER, 2018; ZITTOUN, 2019;
VALSINER, 2014, 2021), referencial que vai balizar as nossas reflexões
no presente trabalho.
Educação para a democracia o mais cedo possível: a importância da prática democrática no dia a dia
BRANCO, Angela Uchoa; PIRES, Sergio Fernandes Senna. Educação para a democracia o mais cedo possível: a importância da prática democrática no dia a dia. In: Seminário de Educação Legislativa e XII Jornada de Pesquisa e Extensão da Câmara dos Deputados. Anais: […] Brasília: 2022.
BRANCO, Angela Uchoa e PIRES, Sergio Fernandes Senna