Esta dissertação discute o papel proativo da comunicação pública governamental/estatal analisado em um contexto de crise da mobilidade urbana, verificado na cidade de São Paulo a partir da primeira década do século XXI, e apresenta uma pesquisa documental e bibliográfica, por meio da qual é comparada a atuação de três gestões públicas, entre 2001 e 2012. Nesse processo, verifica-se como o governo municipal fez uso das estruturas de comunicação e imprensa nas atividades de planejamento e gestão dos serviços públicos de trânsito e de transporte coletivo utilizados pela maioria da população paulistana que se locomove em ônibus, micro-ônibus (vans) e a pé. Para um diagnóstico da comunicação estatal, analisam-se atividades de divulgação, debate, anúncio de planos, metas e prestação de contas. O estudo fundamenta-se em autores contemporâneos para se concentrar no papel do Estado como emissor responsável pela disseminação de informações e comunicação que atendam ao interesse público e garantam direitos fundamentais dos cidadãos, tais como o “direito de ir e vir”, estabelecidos na Constituição Federal do Brasil de 1988. Os resultados indicam a necessidade de planejamento da comunicação governamental, de modo a possibilitar a implementação e a continuidade de políticas efetivas de mobilidade urbana.