O portal e-democracia da Câmara dos Deputados como sistema sócio-tecnológico

A sociedade em rede, criada a partir do crescimento da internet possibilita uma gama maior de interação entre pessoas. Por sua vez, organizações governamentais devem possibilitar a tal relação – e colaboração – com os cidadãos e empresa, como é o caso das interações entre pessoas, seus representantes eleitos e servidores, através do portal e-democracia, da Câmara de Deputados. O artigo em questão pretende apresentar o portal e-democracia da Câmara dos Deputados como sendo um sistema sócio-tecnológico. Ao fazer uma análise do portal como sistema, devem-se estabelecer, a partir da visão de um observador, seus componentes, a relação entre estes e também a relação destes e o ambiente. Este tipo de portal pode ser considerado um local amplo para debate e interação entre governo e cidadão. Para exemplificar essa relação são abordados conceitos da Teoria Geral de Sistemas tendo como base as interações que podem ser encontradas entre componentes, ambiente e observador. O artigo apresenta uma revisão teórica com relação à Teoria Geral de Sistemas, com enfoque nas interações, tomando como base a teoria da autopoiese de Maturana e Varela, e utiliza o portal e-democracia como estudo de caso, demonstrando tais acoplamentos. Conclui-se que o portal sendo um sistema com interação social utiliza-se de artefatos tecnológicos, criados de modo a atender o objetivo de interação com o poder legislativo sendo, portanto, um sistema teleológico.