Dos grandes acontecimentos e temas que provocam a sociedade, pautando o debate público, às práticas de instituições públicas e privadas, passando pela experiência amplamente estudada da administração Popular em Porto Alegre (1989-2005), este livro registra não apenas as pesquisas empreendidas pelo Núcleo de Pesquisa em Comunicação Pública e Política (Nucop), mas também as bases teóricas que delineiam a comunicação pública como instância fundamental à qualidade das democracias contemporâneas.
Marcas de fazer, marcas de pensar. As reflexões aqui reunidas são um registro da trajetória do Núcleo de Pesquisa em Comunicação Pública e Política (Nucop), grupo de pesquisa vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul e liderado pela professora Maria Helena Weber. Nestas páginas, são as questões da vida pública e o modo de estudá-las que assumem o foco principal – provocações enfrentadas como pesquisa que contribuem para o entendimento da comunicação pública em suas diferentes dimensões, culminando com a hipótese de conceito indicador da qualidade do próprio regime.
As articulações entre Sociedade, Meios de Comunicação e Estado em torno de temas de interesse público mobilizam atores diferenciados conforme as questões em pauta; produzem variados regimes de visibilidade; criam expectativas de comportamentos de acordo com uma dimensão normativa cara à democracia; efetuam-se em uma facticidade que requer registro, estudo e crítica. É nesta riqueza teórica e empírica que os textos aqui reunidos são tecidos, cada qual na especificidade de seu objeto, cada qual buscando nas linhas e entrelinhas o papel e o espaço da comunicação pública nestas interações.
Em alguns casos, são grandes acontecimentos que deflagram o processo de interação necessário à experiência pública, ou temas que despertam e mobilizam o debate. Muitas vezes, esse esforço de pesquisa apanha a história em curso, como mais um registro – o acadêmico – sobre questões públicas contemporâneas. Em outros, trata-se de averiguar como diferentes instituições comportam-se e estruturam-se para participar de processos de comunicação pública – e assim avaliar as possibilidades e limites das atuações de diferentes redes e atores.
Há também o registro da experiência da Administração Popular em Porto Alegre (1989-2005), peculiar em sua inovação da forma de comunicar e entender a cidade. Todas essas contribuições partilham a inscrição da trajetória do próprio Nucop: um lugar de reflexão das questões da vida pública contemporânea.
Para adquirir: Editora Insular