Dois pesquisadores analisaram a cobertura jornalística de parte da chamada imprensa de referência sobre o PAC no período entre 2007 e 2014. Eles analisaram gêneros jornalísticos, enquadramento e vozes. Uma das conclusões é que “em grande medida, existe uma homogeneização dos discursos econômicos sobre o PAC nos jornais generalistas, com uma pequena diferença do jornal especialista”.
Os pesquisadores Fabricio Soveral, Mestre em Desenvolvimento Regional pela UFT e Antonio José Pedroso Neto, Doutor em Ciências Sociais pela UFSCar, identificaram que o grupo de vozes mais presente foi o de “Governo” em 353 matérias (37%). Em seguida, estão “Empresas” com 200 matérias (21%) e “Mercado” com 141 matérias (15%).
A maior visibilidade do governo, não chega a se caracterizar, entretanto, como positiva. Além disso, eles notam que “na classificação geral do material selecionado, somados os quatro jornais da pesquisa, o enquadramento neutro foi o predominante em 286 matérias, representando 45% do corpus. Após, aparece o enquadramento negativo, em 245 matérias (38%), e o enquadramento positivo, em 109 matérias (17%)”.
“Somados, os três grupos atingiram 73% das matérias, ou seja, a cada quatro vozes, três pertenciam a esses grupos”. “Os grupos seguintes no número de vozes – “Política” (6%), “Academia” (6%) e “Governos Estaduais e Municipais” (6%) – indicam um segundo conjunto de fontes, mas com número bem abaixo dos três primeiros. Os quatro grupos restantes somaram 9% do número de vozes – “Sindicatos” (4%), “Sociedade Civil Organizada” (2%), “Governo Estrangeiro” (1%) e “Outros” (2%)”.
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