A diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa de Santa Catarina instituiu o Facebook em 2011. O sucesso foi imediato e o projeto evoluiu para uma gerência de Mídias Sociais voltada para atender o público jovem afastado da política pela formalidade do assunto e pela dificuldade de entender os trâmites das matérias. De uma forma lúdica, a gerência dominou a linguagem da internet e está presente também no instagram, snapchat e twitter. O último lançamento foram os filmetes de humor que rodam no facebook e conquistaram centenas de seguidores. Conheça este case inovador.
Nova linguagem na comunicação pública explora mídias sociais (Foto: Lucian Chaussard)
A Geração Z, como são chamados os jovens nascidos na década de 90, surgiu quando a rede mundial de computadores estava se popularizando no mundo. Esses nativos digitais não sabem o que é viver sem internet e praticamente orbitam em torno dos smartphones que reúnem, em um só aparelho, os mais diversos recursos: imagem, som e telefone. Sensibilizar este segmento representa o maior desafio para a comunicação pública que deve fazer a ponte entre o governo e o cidadão. A Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) aceitou a batalha e investiu nos recursos e na linguagem que aproximam a política da juventude: as mídias sociais.
Até 2011, o Legislativo catarinense ocupava a sua equipe de jornalistas para abastecer os três veículos da Diretoria de Comunicação: Agência Alesc, TVAL e Rádio Alesc (http://www.alesc.sc.gov.br/portal_alesc).
A partir daí, sentiu-se a necessidade de adaptar o que era produzido pelos canais existentes para a internet. Tudo começou com o twitter, depois veio o Facebook e hoje o Poder Legislativo catarinense está presente também no Instagram, WhatsApp, Youtube e até no SnapChat.
Como consequência da ocupação deste novo espaço virtual, a Alesc foi o primeiro órgão público de Santa Catarina a estruturar uma área específica – Gerência de Mídias Sociais – dentro da Diretoria de Comunicação, para administrar essas ferramentas. Um time focado na produção de conteúdo voltado ao meio online foi um dos pontos chave para garantir o sucesso. Afinal falar a “língua” da internet é imprescindível, mas sempre com atenção e cuidado ao que é publicado.
Parlamento catarinense aborda política com recursos atraentes (Arte: Lucas Gabriel Diniz)
Com as novas diretrizes, a missão da Diretoria de Comunicação da Alesc foi ampliada. Além de levar as notícias do Parlamento para o cidadão, também traz as informações da sociedade para o Parlamento, fazendo valer cada vez mais a participação social nos debates. Este novo canal é uma ponte para isso, conquistando um segmento jovem que se sentia intimidado a opinar em discussões sobre política e atualmente interage com naturalidade por intermédio de um meio contemporâneo.
O Twitter, detentor de importante papel no contexto das mídias sociais pelo seu caráter imediatista, foi a primeira rede adotada pela casa e ainda hoje se firma como o canal onde as pessoas buscam agilidade e notícias “fresquinhas” que ainda não tiveram tempo de chegar aos meios tradicionais. É muito usado em épocas de votações importantes, quando a demanda por informação rápida é maior.
Mídias sociais e ousadia aproximam a política dos jovens (Foto: Divulgação)
Em seguida, instituiu-se o Facebook, cujas mensagens mostravam maior descontração nos conteúdos. Uso de memes, vídeos e principalmente a interação direta com os usuários, respondendo aos comentários e às dúvidas, fizeram a diferença no engajamento da página. Outro destaque foi o uso da plataforma como mídia, investindo em patrocínios para alavancar as publicações e alcançar mais pessoas. A Diretoria resolveu apostar neste segmento apoiada em pesquisas internas que mostraram o custo consideravelmente baixo em comparação com as mídias tradicionais – jornais impressos e televisão. Além disso, o público que chega ao Facebook pelos patrocínios permanece na página, podendo receber postagens gratuitas no futuro.
Outro nicho de atuação da Alesc é o Instagram, nesta ferramenta retrata-se os bastidores do Parlamento. Visitas de autoridades, estudantes e outros eventos da casa que não se encaixariam em outros meios. Já o SnapChat, rede social frequentada predominantemente por pessoas com menos de 30 anos, a informação é transmitida por filmetes com duração de segundos, onde o exercício de adaptação do sisudo jargão das leis para uma mensagem curta e eficiente é um constante desafio.
Este ano, iniciou-se atuação no WhatsApp, Com esse software para troca de mensagens gratuitas pelo smartphone chega-se diretamente aos cidadão, já que nos dias de hoje é quase impossível realizar as atribuições do dia-a-dia sem o auxílio de um celular. A principal vantagem do serviço é que todos os contatos recebem individualmente o que é enviado, diferentemente do Facebook que filtra quem receberá. Para esse programa adota-se uma linguagem ainda mais solta, como quem conversa com um amigo, para que a comunicação se estabeleça com efetividade.
A rede que sofreu menos adaptações de conteúdo é o YouTube. Os vídeos publicados são na maioria produzidos pela TVAL, com a exceção de alguns feitos pela gerência de Redes Sociais.
Sempre tendo em mente que o diferencial para surpreender e cativar um público mais jovem, que dificilmente sentir-se-ia atraído pelos canais tradicionais é a liberdade para ousar, a Diretoria de Comunicação fez seu “gol de placa”, lançando, este ano, série de episódios para internet (Web series) intitulada “Papo Reto”. Pela primeira vez na história do Parlamento, as matérias ganharam um tratamento leve, direto e recheado de humor, com direito a uso de figurinos especiais, animações e outros recursos dinâmicos. Mas sem deixar de transmitir as informações primordiais.
WhatsApp – informação na hora
Para participar do WhatsApp da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, o cidadão deve enviar a palavra “Sim” para o número (48) 9960-1127.
Endereços:
Você encontra a Assembleia em todas as redes sociais com o usuário /assembleiasc
Fonte: Jornal Floripa