Neste último domingo, dia 27 de agosto, o Observatório da Comunicação Pública (OBCOMP) completou dois anos de vida, o projeto é referência na área da comunicação pública. Doutorandos, mestrandos e estudantes de graduação vinculados ao Núcleo de Comunicação Pública e Política (Nucop), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pesquisam e registram centenas de informações, produções acadêmicas, mídias e produtos de comunicação gerados por instituições estatais, organizações privadas e universidades em torno de temas de interesse público.
O OBCOMP foi criado com recursos públicos do CNPq (Edital 43/2013) e sua manutenção se deve ao investimento técnico e funcional da UFRGS. Constitui-se também como importante prática no campo da democracia digital, que demarca as pesquisas do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia/Democracia Digital (INCT-DD), do qual o Nucop/UFRGS participa. Ao longo desses dois anos, o projeto produziu mais de 175 notícias e 18 textos inéditos, entre entrevistas e artigos assinados; divulgou 80 eventos acadêmicos; compilou mais de 60 campanhas publicitárias, sempre sobre temas de interesse público que provocam a reflexão sobre os processos de comunicação constituídos pela sociedade, pela mídia ou pelo Estado. Além disso, na biblioteca do Obcomp, uma das seções mais acessadas do Observatório, são referenciados mais de 175 livros e outros 168 artigos acadêmicos nas áreas de comunicação pública, democracia digital, deliberação, mídias, comunicação governamental, informação, política e opinião pública; 125 periódicos com indicação de Qualis; mais de 140 teses e dissertações divididas em oito áreas: comunicação pública, comunicação política, comunicação de estado e governamental, opinião pública, esfera pública e deliberação, mobilização social, jornalismo e interesse público, mídias e internet; além das pesquisas em andamento ou já finalizadas pelos principais pesquisadores brasileiros.
Tudo isso nos permite comemorar e ratificar a certeza de que o Observatório de Comunicação Pública se faz necessário em tempos de questionamento da democracia. As características de funcionamento do OBCOMP e seu compromisso com a comunicação pública tem gerado estudos que permitem discutir cidadania e o acesso à comunicação do estado democrático. Na contramão, o descaso demonstrado pelo Estado em relação à comunicação pública e o investimento simbólico que vem sendo realizado para justificar a necessidade de extinguir órgãos como a EBC e a Fundação Piratini (no RS) demonstram o distanciamento dos governos e políticos para com a sociedade. A falta de discussão sobre os temas vitais que transitam no Congresso Nacional desqualificam a nossa democracia.
Fonte: OBCOMP