Curso online “Educar pelo Esporte” foi realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Universidade do Futebol, com apoio estratégico das organizações Western Union Foundation e Wolsburg United.
Objetivo do curso é orientar professores e profissionais de educação física sobre ensinar bem o esporte a todos e como promover os direitos das crianças e dos adolescentes no esporte.
Programa pretende garantir o direito ao esporte de mais crianças e adolescentes no Brasil. Foto: Hope for Future
A experiência como jogadora de futsal foi o que motivou Daniele Cristina de Medeiros a estudar educação física — ela foi bicampeã feminina dos Jogos Escolares Municipais de Campinas. Ainda muito envolvida com o esporte, ela queria ser treinadora.
Ao começar a cursar a faculdade, porém, Daniele se encantou pela Licenciatura — e decidiu se tornar professora. “Achei que poderia incentivar as meninas a jogar futebol e, de uma forma geral, estimular mais gente a praticar esporte. E imaginei que a escola me daria a oportunidade de chegar a mais pessoas”, contou Daniele.
Aos 25 anos, Daniele é professora de educação física na Escola Municipal de Ensino Fundamental Floriano Peixoto, em Campinas (SP), há quatro anos. Lá, trabalha com sete turmas de alunos entre 6 e 9 anos de idade.
“Procuro desenvolver o que chamo de jogos coletivos, brincadeiras com bola, que são o conteúdo de jogos pré-desportivos como futebol, vôlei, basquete e futsal”, explicou. “Trabalhamos passe, drible, manutenção de bola. A ideia é que as crianças tenham uma noção básica dos fundamentos e, mais para a frente, possam desenvolver as capacidades essenciais de cada esporte específico”.
Daniele foi uma das participantes do curso online “Educar pelo Esporte”, realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Universidade do Futebol, com apoio estratégico das organizações Western Union Foundation e Wolsburg United. O curso teve início na segunda-feira (6) e será encerrado em 19 de agosto.
“Achei o conteúdo bem adequado aos parâmetros que já seguia, com propostas para sair da mesmice dos quatro principais esportes de quadra. E também casou com o que acredito: com os princípios da pedagogia construtivista e a importância do estabelecimento de relações sociais”, disse.
O curso teve como público-alvo graduandos em Educação Física, professores de Educação Física escolar, professores de escolinhas de esporte, treinadores infanto-juvenis, entre outros.
Para Daniele, a troca de conhecimentos com os demais integrantes foi o grande trunfo do curso. “As atividades que as pessoas compartilharam no grupo nos ajudam a ter novas ideias para as aulas”, afirmou. Uma delas, por exemplo, foi o uso de um arco para jogos de basquete. “Adaptei à minha realidade e já experimentei com a classe, deu muito certo”.
Essa interação com outros profissionais, disse Daniele, aumentou muito o repertório dos professores, já que a participação no fórum de discussões foi bem intensa. “A realidade da escola não é fácil, mas acho que tenho conseguido trabalhar elementos que me ajudam a realizar meu objetivo de fazer o esporte chegar a mais pessoas. O curso me ajudou ainda mais a aprimorar essa prática”.
Fonte: Nações unidas