ABCPública expande atuação e fortalece presença no debate sobre Comunicação Pública

Entidade tem nova diretoria e quer qualificar a comunicação pública no Brasil

A Associação Brasileira de Comunicação Pública (ABCPública) está consolidando seu papel estratégico no fortalecimento da comunicação pública no Brasil, registrando um crescimento de 81% no número de filiados entre 2022 e 2024, agora com representatividade em todos os estados do país.

Composta por mais de 360 comunicadores que atuam em diversas esferas do poder público, a ABCPública tem intensificado o debate sobre a importância da comunicação pública como pilar essencial em um estado democrático. A associação promove regularmente cursos, seminários e eventos que visam capacitar profissionais e consolidar o debate e o aperfeiçoamento da qualidade da comunicação pública no país.

O crescimento do interesse de profissionais da comunicação em fazer parte da ABCPública sinaliza que objetivos centrais da nossa existência, como ampliar o conhecimento sobre o que seja e como fazer comunicação pública em setores de comunicação do setor público, tem avançado. “Tendo como um de seus pilares a promoção de capacitação e o incentivo à formação acadêmica, a ABCPública já formou dezenas de profissionais no Curso Completo em Comunicação Pública, realizado em parceria com a Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), realizou dois congressos nacionais de comunicação pública e está preparando o terceiro, que acontecerá em Aracaju, em 2025”, relatou Cláudia Lemos, que esteve na presidência da ABCPública nos últimos dois biênios.

No dia 8 de agosto, foi eleita a nova diretoria. Ela será liderada pelo professor e jornalista Jorge Duarte, atuante na área de comunicação da Embrapa. Duarte destacou a importância de “fortalecer a atuação das regionais, dos vice-presidentes, dos diferentes comitês e dos conselhos. A intenção é descentralizar e aumentar o protagonismo regional e nacional da ABCPública com atuação voltada para o fortalecimento da comunicação na área pública e no exercício da cidadania”.

Os novos dirigentes da ABCPública assumem com um foco em consolidar a expansão da associação, fortalecer as parcerias institucionais e aumentar o interesse do debate legislativo sobre comunicação pública em diferentes níveis. Entre as prioridades estão a ampliação das ações de capacitação profissional, o fortalecimento da ABCPública como porta-voz da comunicação pública no Brasil, e a busca por avanços na legislação que beneficiem o setor. A nova gestão também se compromete a manter e buscar novas parcerias que possam ampliar a presença e a atuação de comunicadores profissionais no serviço público.

Conheça as prioridades de ação das seis vice-presidências

No foco de fortalecimento e ampliação de parcerias, a ABCPública pretende avançar em ações conjuntas que aliem comunicação e defesa da democracia, direitos humanos e que favoreçam o exercício da cidadania. “Ao lado de diferentes entidades e associações, pretendemos manter e estabelecer novas parcerias que tragam contribuições efetivas aos associados e, em última instância, favoreçam o cidadão. Novas capacitações, descontos em eventos da área, ações de combate à desinformação e proposição de políticas públicas alinhadas aos valores da ABCPública estão no nosso radar”, destaca Kárita Sena, vice-presidente de Gestão e Parcerias.

Na vice-presidência de Relações Acadêmicas, a professora Ana Paula Lucena, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) defende que “a ABCPública assume a necessidade de construir e ampliar relacionamento com diferentes instituições de ensino público e privado, de todo o país. Esperamos levar o tema da comunicação pública pra mais perto dos estudantes, mapear os cursos existentes e divulgar pesquisas”, comentou.

Uma conquista importante da ABCPública em 2024 foi a definição de representantes em todos os estados brasileiros, o que permite nossa participação nos debates sobre direito social à informação e do dever do Estado em prestar contas e oferecer serviços de qualidade à população. “Ter estrutura nacional significa lidar com a comunicação pública no Brasil real, com sua diversidade, semelhanças e desafios comuns. Em cada Estado entendemos que a associação precisa ampliar suas parcerias tanto no meio acadêmico, entidades profissionais de comunicação, órgãos e empresas públicas”, destacou Armando Medeiros, vice-presidente de Coordenação Regional.

Aline Castro, vice-presidente de Relações com o Associado, afirma que estreitar os laços e promover o orgulho de pertencimento à associação serão as ações prioritárias. “Queremos que quem se junte ao grupo veja muito valor nisso e não queira mais sair”, diz Aline.

“Entre as nossas prioridades estarão as ações de comunicação com foco em fortalecer o papel da ABCPública no debate sobre comunicação pública no Brasil; na manutenção e no aprimoramento do diálogo com os associados atuais e potenciais, por meio dos nossos canais de informação e comunicação; no apoio necessário para a ampla visibilidade do 3º Congresso de Comunicação em 2025”, destaca a vice-presidente de Comunicação, Lília Gomes de Menezes.

Uma das prioridades da ABCPública é aumentar a participação no processo de regulamentação da comunicação, área que ainda carece de muitas normatizações, o que não é diferente na parte pública dessa atividade. E nesse sentido um dos principais objetivos é fazer avançar no Congresso Nacional várias proposições, especialmente o projeto da Lei Geral da Comunicação Pública. O PL 1202/2022 foi proposto pela ABCPública por meio da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados e atualmente tramita na Comissão de Comunicação da Casa. Também é considerada muito estratégica a participação nos grupos de trabalho do Ministério da Comunicação e do campo público sobre a TV 3.0, nova geração da TV digital, que traz consigo enorme potencial de interação entre emissoras e espectadores.

“Da mesma forma que a Lei do Cabo representou, em 1995, um marco para a comunicação pública, com a criação dos canais legislativos, universitários e comunitários, a TV 3.0 pode ser a melhor janela de oportunidade contemporânea para avançarmos muito mais. O potencial de democratização do acesso às informações que o cidadão necessita é enorme. Informações que são negligenciadas pela lógica comercial das emissoras privadas e das gigantes digitais. Num mundo que carece de informação e curadoria de qualidade, as tecnologias da TV 3.0 precisam estar acessíveis ao campo público e a todo cidadão, e não apenas a quem pode pagar pela melhor Internet. E é no desenho e na regulamentação do modelo que precisamos tentar garantir isso”, ressalta Lincoln Macário, Vice-Presidente de Relações Legislativas e Governamentais.

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