O presidente Jair Bolsonaro venceu o pleito eleitoral com forte apelo discursivo nacionalista e conservador. Esse trabalho analisa a aderência desses temas em seus 27 anos como parlamentar, em seus discursos de campanha e nos nove primeiros meses de governo (janeiro de 1991 a setembro de 2019). Os resultados demonstram um forte apego ao passado, a prevalência de pautas militares e uma mudança a partir de 2014 por uma pauta de costumes e com conteúdo evangélico onde Bolsonaro passa a polemizar mais ainda em seus pronunciamentos. Nosso embasamento teórico é norteado pelas noções de representatividade política de Bernard Manin, pelas teses sobre a subjetividade contemporânea de Christopher Lasch e Análise de Discurso de Patrick Charadeau.