O artigo apresenta um breve panorama da trilha metodológica de uma pesquisa sobre estratégias discursivas e as possibilidades de cidadania articuladas aos sentidos de família nas campanhas do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). O recorte foca na articulação entre contribuições da perspectiva interseccional (COLLINS, 2017) e a adaptação do contrato comunicativo de Verón (1985; 2004), fazendo emergir o que chamamos de contrato comunicativo interseccional, bem como em sua potencialidade para desenvolver reflexões na área de comunicação pública. Propõe-se olhar para categorias de gênero, sexualidade, classe e raça como eixos basilares, que atravessam tanto o desenvolvimento de políticas públicas originadas pelo projeto político vigente, quanto a comunicação do MMFDH, a partir do que se visibiliza e se silencia.