Dialogando com reflexão de Canclini na quarentena da Cidade do México em 2009 pela epidemia de H1N1, nosso artigo aborda as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para discutir desdobramentos da pandemia da Covid-19. O agravamento da crise denuncia e expõe as flagrantes desigualdades sociais fomentadas pelo modelo de gestão dos espaços urbanos que associa o político ao econômico, favorecendo a concentração de renda e limitando o acesso a recursos de toda ordem. Comunicação, vigilância, sociabilidade e cidadania são os eixos temáticos da discussão apresentada. Ao final, argumentamos sobre a urgência em constituirmos um revigorado horizonte comum de debate e ação coletiva unindo o político ao social.