Verifica-se atualmente a ampliação do campo de atuação dos profissionais de Relações Públicas, influenciada por fatores como o uso crescente das tecnologias de informação e comunicação para a difusão de informações sobre gestão pública e o potencial estabelecimento de diálogo entre o poder público e os cidadãos. A despeito desta tendência, nota-se ainda a necessidade de conhecimento específico sobre aspectos normativos da comunicação pública gerada por governos na internet e seu papel para o atendimento do direito à informação. Este artigo oferece uma contribuição para o atendimento dessa lacuna de orientações e normas de atuação profissional. São descritos os resultados de pesquisa empírica que identificou a potencial contribuição dos portais eletrônicos das principais cidades do Estado de São Paulo, na Região Sudeste do Brasil, à afirmação da cidadania, considerada em sua dimensão de exercício do direito à informação sobre políticas públicas, em particular aquelas de impacto sobre a educação. A profundidade e a abrangência das informações foram pesquisadas em relação a doze categorias de avaliação: antecedentes; diagnósticos; objetivos; metas; recursos e ações atuais; recursos e ações planejadas; eficiência; eficácia; impacto; custo-efetividade; satisfação do usuário; equidade. Os dados encontrados nos portais analisados correspondem à média de 11% do total que, no contexto teórico-metodológico da pesquisa, foi considerado como informação necessária para abranger a totalidade da caracterização de uma política pública, em relação às categorias de avaliação propostas. Oportunidades de aperfeiçoamento dos portais foram detectadas, para as quais sugerimos estratégias de gestão da comunicação.
Comunicação pública, transparência e políticas públicas: avaliação de informações em portais brasileiros de governo
ROTHBERG, Danilo et al. Comunicação pública, transparência e políticas públicas: avaliação de informações em portais brasileiros de governo. Revista Internacional de Relaciones Públicas, n. 6, v. 3, p. 69-96, 2013.
ROTHBERG, Danilo et al.