Este artigo analisa as estratégias comunicacionais em defesa da Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul, ameaçada de extinção pelo projeto do governo estadual aprovado no legislativo. As autoras do artigo também foram as responsáveis profissionais da campanha comunicacional. O objetivo é refletir acerca da construção de argumentos promovidos pela comunicação institucional e de resistência, buscando alcançar o diálogo em torno do interesse público. São debatidas as estratégias de disputa de versões e como, por meio dos pressupostos jornalísticos e da propaganda, essas falas repercutiram. Essa análise permite de um lado problematizar os limites e as imbricações da comunicação para qualificar e ampliar os debates públicos, e de outro compreender a extensão do impacto das ações do jornalismo e da propaganda, apropriadas pela estratégia discursiva da instituição, na disputa por espaço na opinião pública.