O estudo se propõe a contribuir para a melhor compreensão sobre a gestão da comunicação nas organizações. Os objetivos são observar os diferentes entendimentos sobre o tema (apresentado por profissionais da área), elencar atividades recorrentes no dia a dia dos gestores de comunicação, mapear os aspectos mais destacados sobre competências e habilidades inerentes à função e apontar as maiores convergências e divergências sobre o assunto encontradas durante a pesquisa. Por meio de revisão bibliográfica e de um estudo qualitativo – realizado a partir de entrevistas com chefes das áreas de comunicação social de dez dos 15 maiores ministérios brasileiros, segundo a Lei Orçamentária Anual de 2012 -, o trabalho mostra que todos os anos centenas de profissionais ingressam na área de comunicação corporativa. São geralmente jornalistas, que na maioria das vezes executam estratégias de comunicação ancoradas mais na assessoria de imprensa do que nas demais áreas da comunicação social, como publicidade e relações públicas. Uma das principais conclusões é a existência de assimetrias nas assessorias de comunicação social dos ministérios e na forma de pensar de seus gestores. Foi possível observar que essas diferenças são, muitas vezes, tratadas como desafios a serem solucionados e, noutras vezes, resultado de uma realidade para a qual alguns gestores colaboram. O perfil básico do grupo estuado mostra que esse gestor tem cerca de 50 anos, vem da Região Sudeste, é jornalista, ocupa um cargo comissionado, está na função há menos de dois anos. Em sua maioria, os gestores estudados atuam mais como jornalistas do que como gestores, assessoram mais do que planejam e enfrentam considerável dificuldade para promover comunicação integrada, realizar mensuração de resultados e executar atividades administrativas. Eles reconhecem como habilidades fundamentais aquelas relacionadas à assessoria de imprensa e muitas vezes questionam a necessidade de aprimorar competências de gestão e administrativas.