O artigo pretende com base em pesquisa bibliográfica averiguar a hipótese de que os interesses atendidos pelos gestores de unidades de comunicação vinculadas ao Poder Executivo servem mais ao interesse do agente político do que ao interesse público. Com a intenção de levantar o argumento que dá base a este questionamento, mapeamos a composição das chefias das unidades de comunicação setorial das secretarias do Poder Executivo de Goiás, levando em consideração a natureza dos cargos de chefias de comunicação no âmbito do executivo estadual. O mapeamento inclui verificar também se estas chefias foram lotadas no órgão estatal por meio de indicação do agente político ou mediante concurso. Esse levantamento foi realizado com base em pesquisa possibilitada por meio da Lei de Acesso à Informação que obriga os órgãos públicos a divulgarem em sítio na internet o quadro de pessoal e a descrição dos cargos. O artigo também revê a literatura que demonstra a necessidade de contemplação do interesse público no planejamento de comunicação de órgãos da administração pública desde a seleção de servidores e lotação dos cargos até o conteúdo da comunicação pública e a necessidade de observância dos princípios e conceitos produzidos pela literatura sobre comunicação pública e nas doutrinas de direito constitucional e administrativo.
