O idoso brasileiro na comunicação pública: cidadania e representações sociais num sistema de interação midiático

STACHESKI, Denise Regina. O idoso brasileiro na comunicação pública: cidadania e representações sociais num sistema de interação midiático. 2013. 203 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Linguagens) - Universidade Tuiuti do Paraná, Curitiba, 2013.

STACHESKI, Denise Regina

A tese, “O Idoso Brasileiro na Comunicação Pública”, tem como objetivo geral estudar representações sociais do envelhecimento por meio de um sistema de interação midiático, vinculado aos processos de diálogo da comunicação pública no Brasil, através de três vertentes: promotores de políticas, produtores midiáticos e atores individuais. De forma metodológica, a análise de conteúdo de Bardin (2011) é o método norteador do estudo, através de técnicas qualitativas e quantitativas. Sem pretensão de delinear ações práticas para a comunicação pública, a tese realiza um diagnóstico na circulação das representações sociais do envelhecimento entre promotores de políticas, produtores midiáticos e atores individuais. No decorrer da tese se apresentam e analisam objetos empíricos brasileiros (site oficial do Ministério da Saúde – Portal da Saúde, cobertura midiática da Campanha Nacional de Conscientização contra a Violência da Pessoa Idosa e publicações de idosos no Facebook). Como conclusões, constata-se que a vitimização do idoso se manifesta na circulação das representações sociais do envelhecimento, principalmente, por meio de produtores midiáticos. No entanto, também, se encontram vozes de resistência, a partir de atores individuais, nas redes sociais digitais, frente às representações negativadas do envelhecimento. Promotores de políticas e produtores midiáticos utilizam, com intensidade, a expressão “idosos” e “envelhecimento” de forma homogênea – fortalecendo o estigma da velhice com fragilidade social ou de degeneração física. Constatou-se, também, que a utilização das redes sociais digitais para a ativação da participação de idosos na deliberação pública pode ser um caminho para construir um diálogo direto com idosos brasileiros, respeitando suas diversidades e heterogeneidades.

 

 

Compartilhe