Esta tese é resultado da pesquisa que examinou o jornalismo de mídia pública e a atuação do jornalista profissional dentro da estrutura que serve de base para o sistema de radiodifusão pública – a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), criada em 2007. Este trabalho investiga a representação social do jornalista de mídia pública, cercado pelos avanços tecnológicos, pela pressão política, pela reformulação de padrões de percepção e de disseminação da informação. Também considera as configurações clássicas da filosofia que norteiam instituições jornalísticas e indivíduos jornalistas – vigilantes, moderadores e muitas vezes interventores no âmbito da coletividade. O referencial utilizado tem base na Teoria das Mediações de Martín-Barbero (2008) e de Análise Crítica das Audiências de Orozco Gómez (2002) e também nos conceitos de Comunicação Pública, Jornalismo e Mídia Pública de Rothberg (2011), Haswani (2013) e Intervozes (2009). A revisão bibliográfica compreende estudos da história da radiodifusão, da linguagem dos veículos e da correlação entre os sistemas de mídia pública e privada e seu papel político-social. A metodologia empregada é a da análise documental, com pesquisa em documentos oficiais e entrevistas complementares.