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Este documento oferece recomendações para enfrentar estes novos desafios, além de vários exemplos de melhores práticas. Estas se destinam a três grupos centrais de públicos de interesse que desempenham papéis importantes para assegurar a eficácia da comunicação de crises sanitárias: autoridades de saúde pública e servidores públicos; reguladores de mídia e formuladores de políticas; e organizações de notícias e jornalistas.
Serão também relevantes para institutos de pesquisa e outros atores envolvidos na saúde pública. As recomendações são informadas pelas conclusões do projeto PANCOPOP, que examinou a comunicação de crises de saúde durante a pandemia de Covid-19, concentrando-se em quatro países que foram liderados por populistas no início da pandemia – Brasil, EUA, Polônia e Sérvia. Embora a amostra seja limitada e esses quatro países representem casos de populismo de direita, eles abrangem tipos distintos de abordagens da pandemia e diferem em uma variedade de outras dimensões relevantes.
Esta diversidade nos permite tirar conclusões razoavelmente robustas sobre o impacto do populismo sobre a comunicação de crises sanitárias. O projeto foi desenvolvido por uma equipe internacional de acadêmicos com experiência em comunicação política, saúde pública, política de mídia e relações internacionais, e foi apoiado por agências públicas de fomento à pesquisa associadas à Plataforma Transatlântica para Ciências Humanas e Sociais (Trans-Atlantic Platform in Social Sciences and Humanities – T-AP), no âmbito do
programa “Recuperação, Renovação e Resiliência no mundo pós-pandemia”.