Este ensaio propõe algumas reflexões sobre a participação da sociedade nas empresas de radiodifusão pública. Apesar das distintas trajetórias históricas e da pluralidade das experiências, as redes públicas de TV e rádio na Europa e na América Latina procuram, neste início de século, se legitimar em suas sociedades, inseridas agora um contexto de velozes inovações no setor das comunicações. Analisamos esse questionamento sobre o papel da radiodifusão pública no século XXI à luz das transformações do espaço público em nossas sociedades, conceito considerado aqui criticamente. A proposta, assim, é fomentar um debate sobre os novos desafios das empresas de radiodifusão pública, destacando o papel que a participação da sociedade pode ter em seu aprimoramento.