Criação de rádio e projetos de comunicação movimentam debate na UFRJ

Aberto ao público, o evento reuniu, em grande parte, profissionais de comunicação da UFRJ, interessados em contribuir com experiências e soluções dentro da área.

A Casa da Ciência recebeu na quarta-feira, 19/10, a segunda edição do ciclo de debates A Comunicação na UFRJ. A criação da Rádio UFRJ foi um dos destaques do evento. Com potencial promissor, a iniciativa tem sido vista pelos profissionais da área como uma grande oportunidade de alterar os paradigmas da comunicação pública no país.
Os convidados da mesa foram o assessor de imprensa da Casa da Ciência e ex-assessor do Gabinete do Reitor, Fernando Pedro Lopes; a coordenadora de comunicação da Coppe, Dominique Ribeiro; e o superintendente de comunicação do Fórum de Ciência e Cultura, Fernando Salis. A mediação ficou por conta do assessor de imprensa do Gabinete do Reitor, Jean Souza.
Fernando Pedro Lopes contou um pouco de sua atuação em projetos ligados à comunicação nos últimos anos, como a produção dos jornais e publicações da UFRJ. Ele falou também sobre o processo de criação de assessorias dentro da Universidade, entre elas a da Coppe e a Coordenadoria de Comunicação do Gabinete do Reitor.
Atuando em um universo tão amplo como o da Universidade, o jornalista reconheceu que, apesar dos problemas, as experiências e projetos de comunicação interna e externa vêm evoluindo ao longo dos anos.
A crítica recorrente à fragmentação da comunicação dentro da Universidade existe até hoje, o que reforça a importância do debate, segundo Jean Souza. Assim, a solução, segundo os profissionais, é a construção de uma política de comunicação institucional e a busca por um modelo de comunicação integrada.
Há mais de 20 anos à frente da assessoria de imprensa da Coppe, Dominique Ribeiro avaliou que valores como credibilidade e confiança foram fundamentais para consolidar a comunicação com o público e com a imprensa.
Dominique apontou ainda para o potencial de protagonismo da Universidade na definição da agenda pública. “Apesar de não deixar de atender às demandas, nosso interesse também era pautar os veículos”, concluiu.
Rádio UFRJ e a comunicação pública no país
Olhando para frente, a rádio UFRJ aparece como “o principal projeto de comunicação pública do país”, segundo o superintendente de comunicação do Fórum de Ciência e Cultura, Fernando Salis.
Ele apresentou ao público os desafios burocráticos e principalmente políticos enfrentados no processo de implantação do projeto, que já está em curso.  A rádio foi concedida pelo governo federal à UFRJ e se inspira em iniciativas bem sucedidas como as rádios das universidades federais de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.
Sem perder o caráter educativo, a pretensão é fazer dela uma concorrente das líderes de audiência no Rio de Janeiro. Para isso, Salis reforça que a estrutura e o planejamento devem ser consistentes, o que segundo ele já está sendo feito.
O superintendente chamou atenção para o potencial da rádio. Segundo ele, a iniciativa pode mudar os paradigmas no cenário da comunicação pública. “A gente tem que radicalizar uma política de comunicação pública no país e a universidade pública é pioneira nisso”.

Aberto ao público, o evento reuniu, em grande parte, profissionais de comunicação da UFRJ, interessados em contribuir com experiências e soluções dentro da área.
O próximo debate vai tratar de políticas de comunicação em instituições públicas, em novembro, ainda sem data definida.
Todos os registros do ciclo de debates podem ser acessados no site www.ufrj.br/debatescomunicacao.  O vídeo do último encontro está disponível na WebTV UFRJ.
Fonte: UFRJ

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