Dove critica modo como imprensa trata as mulheres no esporte

Em nova campanha poderosa, conveniente e necessária em tempos de Jogos Olímpicos, a Dove resolveu combater o machismo no mundo do esporte (e no mundo jornalístico).
Campanha da Dove: contra a imprensa machista no mundo do esporte
m vez de falar de chutes, dribles, saltos, arremessos, pontos, velocidade e recordes, eles falam de bundas, peitos, corpos sensuais e atraentes.
Em nova campanha poderosa, conveniente e necessária em tempos de Jogos Olímpicos, a Dove resolveu combater o machismo no mundo do esporte (e no mundo jornalístico).
A campanha “#MyBeautyMySay” diz o que deveria ser óbvio: pede aos meios de comunicação e ao público em geral para focarem nas habilidades esportivas das mulheres atletas, não em seus corpos.
No vídeo introdutório, as imagens de atletas são desfocadas (ou seja, vão para segundo plano) e dão lugar a comentários machistas reais, tirados da imprensa.
Os comentários são um tanto grosseiros e focam no corpo e na beleza, não na performance esportiva.

Tudo, menos esporte

Em um cálculo da Dove em 2016, os comentários sobre mulheres atletas giram em torno de muitas coisas, menos do esporte.
Segundo a marca, 13% dos comentários jornalísticos analisados falavam da roupa das mulheres; 33% falavam de seus corpos; 41% falavam de sua beleza; 5% falavam da idade delas; e 8% falavam de seus cabelos.
No hotsite da campanha, a Dove mostra o impacto dos veículos sexistas. A marca calcula que, desde janeiro deste ano, o público foi exposto a 25,3 milhões de mensagens do tipo.
Há uma ferramenta interessante no site: após mostrar a frase sexista e o veículo responsável por ela, há a opção de enviar uma mensagem direta a ele.
A partir de amanhã (27), um outdoor da Dove na Times Square, em Nova York, vai transmitir comentários sexistas reais da mídia sobre atletas mulheres.
Assista:

Brasil

Por aqui, o UOL Esporte lançou, recentemente, a campanha “Quero Treinar em Paz”, onde entrevistou 21 mulheres (atletas, ex-atletas, técnicas) para falar sobre os machismos do mundo esportivo.
O projeto, em parceria com as ONGs Think Olga e AzMina, conta com cinco vídeos e diversas resportagens, a serem publicados em série até o dia 29, às vésperas dos Jogos Olímpicos.
Para o UOL, o AzMina criou o “Manual didático de como não ser um machista em contextos esportivos”, com dicas para homens de como agir de maneira correta e não machista.
O site também está divulgando a hashtag #QueroTreinarEmPaz, para colher e encorajar depoimentos de mulheres sobre o machismo no meio esportivo.

Fonte: Exame

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