A leitura da Carta de Aracaju marcou o encerramento das atividades do III Congresso Brasileiro de Comunicação Pública (Compública), realizado de 20 a 22 de outubro, no campus São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe (UFS), com o tema “Emergência Climática e Direito à Informação”.
Mais de 200 comunicadores públicos, pesquisadores e estudantes prestigiaram as três mesas de trabalho e seis GTs científicos, com temas convergentes.
A carta de Aracaju reflete pontos fundamentais que foram tratados nas diversas mesas de debate de congresso, com destaque para a contínua promoção de diálogo social e construção de soluções alinhadas a partir da escuta de cidadãos envolvidos: “a escuta ativa e a retroalimentação como pilares essenciais para a proteção da vida. A criação de protocolos, manuais e guias de comunicação para o enfrentamento da emergência climática deverá ser pautada pelo diálogo e colaboração das populações atingidas”.
As áreas de comunicação pública devem ser acionadas e implicadas estrategicamente nas etapas iniciais de diagnóstico de questões sociais e não reduzida a setor operacional, também enfatizam os congressistas no documento, com foco especial na regulamentação e implementação do Decreto nº 12.652/2025, que “estabelece os princípios, as diretrizes e os objetivos do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil que nortearão a implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC)”.
“A ABCPública está comprometida a desenvolver diretrizes, metas e indicadores de comunicação para viabilizar e potencializar os fundamentos e orientações do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, estabelecido pelo Decreto 12652/2025”, diz a carta.
A carta enfatiza ainda a amplitude do compromisso do Estado para assegurar a efetiva garantia do direito à informação, destacando a importância da oferta de “acesso a canais de informação e de interação com a população – de forma perene e imediata” e a “presença da comunicação pública em todas as ações, programas e políticas de Estado”.
“Uma marca importante do III Compública foi a diversidade de atores sociais, o que, sem dúvida, nos permitiu construir uma leitura riquíssima sobre o contexto da crise ambiental em perspectivas múltiplas e sob diversos ângulos diferentes”. Para além disso, nos permitiu pensar coletivamente caminhos que sejam trilhados tendo a comunicação pública como alicerce de atuação”, avalia a comissão organizadora do evento.
Pelo menos três cidades apresentaram candidatura para receber o IV Compública, que está previsto para acontecer já em 2026, e terão suas propostas avaliadas pela diretoria da ABCPública.
Confira a carta na íntegra:
