Uma análise da saúde na mídia a partir do Zika vírus

As emergências do vírus Zika aportam uma oportunidade ímpar para observar a saúde na mídia brasileira

Duas profissionais da Fundação Osvaldo Cruz, Raquel Aguiar e Inesita Araujo, fizeram uma análise para verificar como a imprensa tratou o Zika vírus. Elas analisaram capas de nove jornais impressos publicados nos meses de novembro e dezembro de 2015, período em que o Ministério da Saúde admitiu a possível correlação do vírus com o aumento de casos de microcefalia no país.
Entre os resultados do trabalho, propuseram sobre a relação entre a mídia e a saúde, a partir das especificidades da epidemia do vírus Zika e seu principal desdobramento, a epidemia de microcefalia.
Elas propuseram 10 temas de reflexão e deixam muitas e muitas perguntas: se o vírus Zika e os casos de microcefalia não tivessem surgido inicialmente no Nordeste, mas no eixo Rio-São Paulo, a atenção e o tratamento da mídia teriam sido diferentes? A mídia apenas reflete a ausência de equidade que se verifica na saúde? A visibilidade das capas de jornais interessa aos visibilizados? Produz algum efeito em suas vidas? Quais são os interesses que estão por trás de informações que desmoralizam a saúde pública? Quais os interesses da mídia ao dar espaço para notícias que claramente estão situadas no campo do consumo?
Ao final, perguntam: O que acompanhamos sobre o tema do vírus Zika em 2015 terá sido muito barulho por nada? Briga contra moinhos de vento? Apenas o começo? E afirmam: O tempo dirá. O que já podemos dizer é que as emergências do vírus Zika aportam uma oportunidade ímpar para observar a saúde na mídia brasileira.
Para fazer o download do estudo clique no link a seguir A mídia e o Zika Virus

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