Comunicadores debatem implantação da regional em MG

Representantes de seis órgãos públicos na primeira reunião da ABCPública em Minas Gerais

O primeiro encontro de comunicadores realizado pela ABCPública, realizado na sede do Ministério Público do Trabalho, em Belo Horizonte, reuniu representantes de instituições dos três poderes. Na pauta, a implantação da regional da Associação Brasileira de Comunicação Pública em Minas Gerais.

À mesa, representantes as assessorias, coordenadorias e núcleos de comunicação de entidades públicas ligadas ao Executivo, Legislativo e Judiciário: Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Ministério Público do Trabalho, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Fundação Ezequiel Dias (Funed).

O encontro, realizado no dia 22 de julho, entre 16 e 18 horas, buscou apresentar aos presentes a ABCPública, suas diretrizes, princípios e campos de atuação. Os participantes se apresentaram e expuseram suas expectativas em relação à regional, às possibilidades de atuações conjuntas e também um conjunto de dúvidas e indagações.

Entre as questões pontuadas, destacou-se a necessidade de estabelecer diálogo entre os participantes do grupo para a construção de consenso em torno do conceito de comunicação pública, tendo como norte as perspectivas política e instrumental que o conceito abarca. Outra perspectiva abordada foi a possibilidade de ampliar nas instituições o conhecimento sobre o conceito de comunicação pública, possibilidades de
aplicação prática e a importância de seu funcionamento nos diversos níveis hierárquicos de cada órgão.

Os participantes fizeram relatos de práticas, expuseram preocupações em relação à prática da comunicação em um cenário de restrição de recursos nas entidades públicas e destacaram dificuldades para a prática da comunicação pública, entre elas a manutenção de projetos e ações em instituições que frequentemente mudam a gestão. Para os presentes, como dar perenidade para a prática da comunicação a partir de premissas sólidas em um cenário de intensas mudanças.

Frentes de trabalho –  O grupo apontou algumas frentes de trabalho que devem e podem ser realizadas de forma cooperativa, principalmente a partir da troca de experiências.

Uma das questões é em relação às Políticas de Comunicação. É consenso entre os integrantes que as ações de comunicação não podem ser pontuais, ou seja, há a necessidade de uma ordenação para a prática das coordenadorias, assessorias e núcleos de comunicação. Mas questionou-se a pertinência de investimentos, que têm sido expressivos, na contratação de consultores externos para a elaboração de documentos que acabam em repouso em gavetas e armários.

Outra frente de atuação será a busca de aprofundamento no campo teórico, tanto por meio de mapeamento de trabalhos acadêmicos sobre o tema Comunicação Pública, como da aproximação com profissionais pesquisadores, por meio de palestras e debates.

Também esteve em debate a necessidade da discussão em torno de conceitos para branding, reputação, imagem e suas aplicações práticas; pensar formas de ampliar a escuta sobre o que os diversos interlocutores esperam da comunicação profissional dentro dos órgãos públicos; promoção e ampliação das noções sobre o conceito de comunicação inclusiva e conhecimento de ações possíveis, como audiodescrição e audionarração.

Ainda foi debatida a importância de a comunicação pública pensar ações que possam contribuir para o delineamento ou dar mais visibilidade ao rol de informações públicas sob a guarda dos respectivos órgãos. Passando por definição de pautas com foco no interesse público e tentando estabelecer uma via de mão dupla na escolha das pautas e na construção textual: interesse público x visibilidade do órgão.

Participaram deste primeiro encontro: Alexandre Vilaça e Luana de Oliveira Assis, da ALMG; Fernanda Magalhães, Márcia Cristina Salazar e Tércia Ornelas, do Ministério Público do Estado de MG; Lilia Gomes Ferreira, do Ministério Público do Trabalho; Marcílio Lana (Centro de Comunicação) e Marcos Vinícius dos Santos (ICB), da UFMG; Rogério Tavares, Renata Raphaele e Priscila Ladeira Robini, do TRE; e Priscila
Fujiwara, da Funed.

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